Resenha: Para Sempre de Azul - Ann Brashares

Título do livro: Para Sempre de Azul

Autor(a): Ann Brashares

Editora: Rocco

Número de páginas: 384

Está disponível no Kindle Unlimited? Não

Sinopse: Com Para sempre de azul – o quarto verão da Irmandade, chega ao fim a série A Irmandade das Calças Viajantes, sucesso internacional da nova-iorquina Ann Brashares que ganhou as telas em 2005, com o título Quatro amigas e um jeans viajante, e volta aos cinemas em agosto, com a estréia, nos EUA, de A Irmandade das calças viajantes 2. Ansiosamente esperado por milhares de fãs que se emocionaram com a trajetória das quatro amigas que dividem um par de calças mágicas e muitas histórias, Para sempre de azul traz Lena, Carmen, Bridget e Tibby prontas para um verão glorioso e definitivo. Série que conquistou o primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times. Depois do último verão antes de entrarem para a faculdade, Lena, Carmen, Bridget e Tibby sabiam que teriam um ano de mudanças pela frente. Pois bem. Cada uma seguiu seu caminho e certamente traz na mala muitas histórias para contar. Lena foi fundo no curso de artes, e em outras paixões, a contragosto do pai; Carmen está hipnotizada por uma sofisticada amiga de faculdade e aos poucos percebe que está se perdendo de si mesma; Bridget participa de escavações na Turquia e se encanta pelo professor de Arqueologia; Tibby deixa para trás, equivocadamente, uma pessoa que ama, e terá que fazer novas escolhas para conquistar a sua felicidade. Com tantas novidades e tão mudadas elas próprias, será que “as setembros”, como são chamadas, conseguirão realizar seus planos e dividir suas encantadoras calças jeans como em todos os outros verões? A julgar pela epígrafe do primeiro capítulo “O único paraíso verdadeiro é o paraíso perdido”, assinada por ninguém menos que Marcel Proust, pode parecer que não (aliás, as epígrafes usadas desde o primeiro livro rendem uma coletânea genial). A frase indica um dos sentimentos que percorrem o livro com mais intensidade, a sensação de perda de raízes, a incerteza de quem partiu e ainda não encontrou o seu lugar, que fica clara na pergunta de Lena “Quando estaremos todas em casa outra vez?”, logo nas primeiras páginas do livro. Mas como sempre Ann Brashares trabalha temas espinhosos com delicadeza e alegria. E dá o seu recado mais uma vez: ame a si mesmo e a seus amigos incondicionalmente. O tom sincero e bem-humorado da autora continua presente no último livro da série e mostra que amadurecer pode ser difícil, mas também muito gratificante e divertido.

Resenha: Lindo e emocionante, senão o melhor volume da série. No 4º verão da Irmandade, vamos acompanhas as Setembros 1 ano após os acontecimentos do último livro quando foram para a faculdade. Carmen se sente deslocada com a nova vida mãe, o que acaba refletindo em sua vida social. Tibby dá um novo passo em seu relacionamento com Brian, o que acaba gerando grandes preocupações a respeito de uma gravidez inesperada, enquanto Bridget parte em uma nova aventura. Já Lena, descobre que o curso de desenho pode trazer outros amores além da arte...

 Com capítulos intercalados entre as meninas, vamos acompanhando suas aventuras e desventuras enquanto compartilham as Calças Viajantes. A história da Carmen foi a minha favorita e adorei o desenvolvimento delas num geral. Algumas coisas me incomodaram, claro, como o fato de 90% de suas histórias serem sempre centradas nos relacionamentos românticos. Acho que hoje em dia teria sido mais interesante vê-las correndo atrás de seus sonhos, e principalmente conhecendo novas pessoas ao invés de ficarem com os mesmos caras da adolescência.

"As Calças possuíam a magia de ensinar às meninas como ficar separadas. Ensinaram-lhes como ser quatro pessoas em vez de uma. A estarem juntas não importando onde se encontrassem. A amarem a si mesmas tanto quanto amavam umas às outras. E num plano prático, as Calças tinham a mágica de caber nas quatro - o que é difícil de crer, mas é verdade, em especial se levarmos em conta que só uma delas (a loura) tinha constituição de supermodelo."

 Além disso, a história da Lena foi um sofrimento sem fim e o Kostos com certeza seria odiado se o livro tivesse sido publicado em 2025. Tantos encontros e desencontros e com uma história que nunca tem um desfecho, foi sofrível acompanhar esses dois e confesso que queria que as coisas com Leo tivessem dado certo. Também queria ter visto mais dela na faculdade, descobrindo sua vocação, a paixão pela pintura...

 Outra história que não me agradou muito também foi a da Tibby, que foi meio chatinha e enrolou bastante. Mas até que valeu a pena acompanhá-la, porque foi graças à toda a confusão com o Brian que as meninas viajaram para a Grécia a fim de encontrar as Calças Viajantes e tiveram momentos inesquecíveis. 

"Quando estaremos todas em casa outra vez? Era o que ela queria saber. Quando, porém, pensou no assunto usando de lógica, entendeu: não só a resposta havia mudado, como a pergunta. O que era casa agora? O que contava como status quo? Casa era uma época e tinha passado."

 Com personagens reais, cheias de imperfeições e fraquezas, é impossível não se identificar com elas e não se emocionar com sua amizade.Acredito que esse teria sido o livro perfeito para finalizar a série. Ainda mais depois de descobrir o que acontece no último e quinto livro, o qual irei ler apenas para fechar essa série maravilhosa que me acompanhou durante 1 ano inteiro, mas que não tenho muitas expectativas de gostar tanto quanto os volumes anteriores.

"Pensei no que Carmen dissera de nós. Não estamos em nenhum lugar específico ou tempo específico. Estamos em toda parte, aqui e ali, no passado e no futuro, juntas e separadas. E assim permanecemos sentadas um longo tempo, observando em silêncio, porque a linha da costura era invisível e a cor, a eternidade. Eu pensava na cor e me dei conta de que azul era. Era o suave e mutável azul básico de um par de calças bem usadas."