Resenha: Melhor do que nos filmes - Lynn Painter

Título do livro: Melhor do que nos filmes

Autor(a): Lynn Painter

Número de páginas: 352

Está disponível no Kindle Unlimited? Não!

Sinopse: Elizabeth Buxbaum sempre soube que seu vizinho não seria um bom namorado. Apesar de todos acharem Wesley Bennett simpático e muito bonito, Liz tinha certeza de que, na verdade, ele era um chato de galochas.

Mas Michael Young era diferente. O amor de infância de Liz estava à altura dos protagonistas das comédias românticas que ela tanto gostava, só que havia se mudado para longe quando os dois ainda eram crianças. Dez anos depois, ele estava de volta, mais lindo e charmoso do que nunca.

Esbarrar com o garoto na escola foi como um sinal do universo. O último ano do ensino médio clamava por acontecimentos grandiosos, um baile inesquecível e momentos apaixonantes. Por isso, como uma boa romântica incurável, Liz estava determinada a fazer qualquer coisa para conquistar o verdadeiro amor. Até mesmo pedir ajuda ao vizinho irritante.

O plano era infalível: fazer com que Michael notasse sua existência e a convidasse para o tão sonhado baile de formatura. Mas à medida que Wes e Liz se aproximam, ela vai questionar tudo o que sabe sobre o amor e descobrir que talvez seu “felizes para sempre” seja surpreendente ― e melhor do que ela poderia imaginar.

Resenha: Em "Melhor do que nos filmes", vamos conhecer a protagonista Liz: uma jovem que ama filmes de comédia romântica, moda vintage, fazer playlists e sonha em encontrar seu príncipe encantado! Pra ela, final feliz não é algo que acontece apenas nas histórias, e ela não tem vergonha de admitir ser uma verdadeira romântica incorrigível.

 

 Já Wes Bennet, seu vizinho, é o seu total oposto! Foi na infância que a implicância entre eles surgiu, e agora ambos disputam pela melhor vaga de estacionamento da rua. Wes parece fazer de tudo para irritar Liz, e ela por sua vez não consegue ignorá-lo por mais que tente. 

"Quando minha mãe morreu, ela me deixou seu legado - a crença inabalável no "felizes para sempre". Minha herança foi a percepção de que o amor está sempre no ar, é sempre uma possibilidade, e sempre vale a pena. O Cara Ideal - ou seja, bacana e confiável - podia estar me esperando ao virar a esquina."

 Mas tudo muda com a volta de Michael Young: o garoto por quem Liz era apaixonada na infância, e que voltou à Nebraska após ter se mudado quando ambos tinham 12 anos. Se sentindo como uma mocinha das comédias românticas que tanto ama,  Liz vai fazer de tudo para conquistar Michael e mostrar que ela não é mais a vizinha esquisita que ele conhecia. Até mesmo, se isso incluir precisar da ajuda de Wes Bennet.

 Só o que ela não contava, é que a vida real é bem diferente dos filmes, e que talvez o final feliz que ela tanto almeja, é na verdade com um outro personagem que ela julga ser improvável... 

"O que eu mais gosto na música - isso é, quando é possível ouvir em um volume alto o suficiente com fones de ouvido bons (e o meu era o melhor) - é que ela suaviza os trancos do mundo". 

 

 Não dá para colocar em palavras o quanto essa leitura me fez feliz! Li a história em apenas dois dias, e não consigo me lembrar de outro livro que me fez sorrir e suspirar tanto como esse fez.  A dinâmica entre Wes e Liz é totalmente apaixonante e a química entre eles é palpável. Foi impossível não torcer por mais momentos deles juntos. 

 Enemies to lovers é uma das minhas tropes favoritas nos romances, e a autora soube desenvolver muito bem o relacionamento desses dois. Apesar de Wes ser extremamente irritante e provocar a Liz o tempo inteiro, não é algo que passe dos limites sabe? Porque em muitos livros com essa trope é comum que o autor pese a mão e crie uma implicância que beira o desrespeito mas não é isso que acontece aqui. Eles brigam, se implicam e se amam na mesma medida, ainda que não saibam disso.

" - Então você acha que dois inimigos, no mundo real, podem superar as diferenças e se apaixona loucamente? 

- Aham.

- E acha que não tem problema roteirizar, planejar e trapacear se tudo isso for feito para despertar qualquer tipo de amor verdadeiro?"

 

 Além disso, apesar de ser um romance leve e fofo, a autora escolheu abordar o tema do luto e fez isso com leveza e maestria. A morte da mãe de Liz influenciou em várias áreas da sua vida, e ao longo da narrativa podemos comprovar isso após observar seus comportamentos e atitudes. Gostei muito de ver a evolução da personagem nesse sentido, e como sua família, amigos e o próprio Wes a ajudaram nesse processo.

O livro tem muitos trechos e referências de filmes de comédia romântica, trilhas sonoras (inclusive tem uma playlist só do Wes e da Liz no Spotify), e claro, Taylor Swift! Que foi o motivo inicial para eu ter iniciado a leitura, e que bom que eu o fiz!

"- Mas porque tanto branco? - perguntei. Ele empurrou o carrinho em direção a uma prateleira enorme de camisas dobradas.

- Ruivas ficam bem de branco - explicou ele. - Você não devia saber disso?"

 

 "Melhor do que nos filmes" foi o primeiro livro que favoritei em 2024 e que me fez voltar a ser uma adolescente sonhadora de novo. Eu amei conhecer a Wes e o Liz, e mal posso esperar pra ler mais da autora (e desses dois também!)

"Por que eu estava desperdiçando minha vida tentando corresponder às expectativas irreais que propunha para mim mesma?"