Resenha: A Ilha - Adrian McKinty

Título do livro: A Ilha

Autor(a): Adrian McKinty 

Número de páginas: 350

Está disponível no Kindle Unlimited? Não!

Sinopse: Depois de se mudar de uma cidade pequena para Seattle, a jovem Heather se casou com Tom Baxter, um médico recém-viúvo com um filho e uma filha adolescentes. A relação entre Heather e os jovens não é boa, por isso acompanhar Tom a um congresso na Austrália em uma espécie de férias em família parece a oportundiade perfeita para se aproximarem. No entanto, assim que chegam ao destino, tudo que os adolescentes exaustos e com jet lag querem é distância da madrasta.

Então a família descobre a ilha Holandesa, um lugar fora da rota turística que parece uma verdadeira aventura, longe dos celulares e do Instagram. Por isso, Tom, Heather e os jovens logo arrumam um jeito de entrar na balsa que faz a travessia do continente até lá.

Mas, assim que colocam os pés na ilha, onde todos os moradores pertencem a uma mesma família, o clã O’Neill, parece que há algo de errado. E um terrível acidente faz a situação dos Baxter passar de um leve desconforto para um pesadelo indescritível.

Heather e os adolescentes acabam se separando de Tom, sendo forçados a escapar sozinhos de perseguidores implacáveis. Agora, cabe a Heather garantir a própria segurança e a dos enteados, mesmo que eles não confiem nela, porque, nessa ilha inóspita, a família O’Neill não é o único perigo à espreita.

Por toda a sua vida, Heather foi subestimada, mas ela sabe que é a única capaz de manter a família unida e se tornar a mãe tão desesperadamente necessária àqueles jovens, mesmo que isso signifique fazer o impensável para mantê-los vivos.

Resenha: Em A Ilha, vamos conhecer a família disfuncional do Dr. Tom Baxter, um médico respeitado pela comunidade onde vive. Recém viúvo e com dois filhos adolescentes traumatizados pelos últimos acontecimentos, a chegada de Heather, uma moça mais jovem e muito bonita, na vida de Tom é um verdadeiro alívio. Mas os dois adolescentes não estão tão contentes assim com a chegada de uma nova mãe em suas vidas, e vão fazer o possível para tornar a vida dela um sofrimento.

 É então que a família resolve viajar para a Austrália, já que Tom precisa comparecer a uma conferência de medicina e o casal imagina ser essa a oportunidade perfeita para criar laços e estreitar relações. No meio da viagem, surge a oportunidade de visitarem uma ilha particular, a Ilha Holandesa, e Tom não pensa duas vezes em atender aos pedidos insistentes das crianças para irem até lá, a fim de verem coalas e outros animais típicos do pais. 

 Mas dentro da Ilha, um acidente fatal acontece e a culpa recai sobre Tom. É então que Heather e as crianças vão ter que lutar para sobreviver a uma família de verdadeiros psicopatas, e vão descobrir segredos obscuros sobre aquele lugar e sobre sua própria casa...

A Ilha cumpre o que o promete: ser um suspense eletrizante e que prende o leitor da primeira até a última página. Eu li o livro todo em apenas 1 dia, e mal vi as 350 páginas passarem. Gostei muito da evolução da relação da Heather com as crianças, e da construção dos personagens.

 Mas é preciso fazer algumas ressalvas. A história possui pouca verossimilhança com a realidade, e a alguns acontecimentos são pouco convincentes ao leitor. A perseguição da família e a fuga de Heather e dos meninos se estendeu muito, tornando a leitura agonizante. Houveram muitas cenas de ação, mas pouca construção da história. Além disso, senti falta de um final mais redondinho e de algumas explicações. Pareceu que o livro acabou do nada e deixou muitas pontas soltas. Um epílogo com uma passagem de tempo, por exemplo, resolveria o problema.

 Senti também que o autor tentou trazer um plot twist para a história, mas que para quem já é acostumado a ler o gênero, conseguiu pegar desde o início e acabou não sendo tão surpreendente assim.

 Em resumo: A Ilha é uma ótima leitura para passar o tempo e para sair de uma ressaca literária. A premissa do autor foi muito boa, mas a execução falhou ao não apresentar um desfecho convincente e que resolvesse todos os problemas apresentados.