Título do livro: Doce Perdão
Autor(a): Lori Nelson Spielman
Editora: Verus
Número de páginas: 322
Está disponível no Kindle Unlimited? Sim!
Sinopse: Você nunca vai construir um futuro enquanto não se reconciliar com o passado Hannah Farr é uma personalidade de New Orleans. Apresentadora de TV, seu programa diário é adorado por milhares de fãs, e há dois anos ela namora o prefeito da cidade, Michael Payne. Mas sua vida, que parece tão certa, está prestes a ser abalada por duas pequenas pedras... As Pedras do Perdão viraram mania no país inteiro. O conceito é simples: envie duas pedras para alguém que você ofendeu ou maltratou. Se a pessoa lhe devolver uma delas, significa que você foi perdoado. Inofensivas no início, as Pedras do Perdão vão forçar Hannah a mergulhar de volta ao passado ― o mesmo que ela cuidadosamente enterrou ―, e todas as certezas de sua vida virão abaixo. Agora ela vai precisar ser forte para consertar os erros que cometeu, ou arriscar perder qualquer vislumbre de uma vida autêntica para sempre. Após o sucesso mundial de A lista de Brett, Lori Nelson Spielman retorna com este romance terno e esperto sobre nossas fraquezas tão humanas e a coragem necessária para perdoá-las ― assim como para pedir perdão.
Resenha: Hannah Farr é uma apresentadora de televisão famosa em Nova Orleans. Além do emprego dos sonhos, possui um apartamento espaçoso e confortável e está fazendo planos para o futuro com seu namorado Michael, o prefeito da cidade. Apesar de sua vida aparentar ser perfeita, Hannah não se sente feliz como deveria e guarda alguns segredos sombrios e mágoas de seu passado. Sua relação forte com o pai e a ausência da mãe durante sua criação, tornaram ela uma mulher extremamente reservada e com dificuldades em confiar nas pessoas.
Até que um dia ela recebe uma pedra do perdão de Fiona Knowles, a criadora do projeto. Basicamente, ele consiste em enviar duas pedras acompanhadas de uma carta para pessoas que você magoou durante sua vida. A pessoa precisa devolver uma delas para dizer que perdoou o remetente, e enviar a outra para alguém, criando um ciclo do perdão infinito. Uma coisa aparentemente tão boba, que faz Hannah se questionar sobre suas atitudes e crenças que, até então, ela nunca tinha duvidado. A partir disso, a apresentadora mergulha em uma jornada de auto conhecimento e descobre algumas lições importantes no caminho.
" - "Nunca faça de alguém prioridade quando você não passa de uma opção para essa pessoa", disse Maya Angelou. - Ela ergue os ombros. - Claro que você pode simplesmente me dizer para cuidar de minha própria vida."
A capa de Doce Perdão faz alusão a um romance bobinho e clichê. Mas logo no início da leitura, percebi que a narrativa iria muito além disso! Entretanto, não posso dizer que fui surpreendida de uma maneira positiva. Até o meio da história, a trama conseguiu me prender e ficar curiosa. Tudo demora para acontecer, até que Hannah decide finalmente ir atrás da mãe e descobrir o que houve em seu passado, fazendo com que as coisas ganhem um ritmo frenético e ouso dizer, atropelando tudo.
A jornada da Hannah, que é o grande plot da trama, ficou um tanto quanto forçada, e apesar da temática sobre o perdão ter sido interessante, achei que foi mal abordada. Ademais, a grande problemática dessa história, foi a abordagem romantizada de um crime. Hannah praticamente vestiu a roupa de "vilã" e tomou para si toda a culpa que não tinha. Na verdade, ela foi vítima de uma família desfuncional, que só se preocupou com seus próprios interesses e usou a filha de marionete para alcançar os próprios objetivos. Com isso, toda a jornada que ela enfrentou não fez sentido algum, já que essa redenção que ela buscava, na verdade, teria que ter partido de outras pessoas.
" - Você confessa algum segredo profundo e vergonhoso, dá uma pedra para uma pessoa e está tudo resolvido?
- É. Meio forçado, não é?
Ela dá de ombros.
- Sei lá. Na verdade, acho bem inteligente. Dá para entender porque a ideia pegou. Quem não precisa ser perdoado?"
O que trouxe um respiro para a narrativa pesada foram os personagens secundários, que tiveram um desenvolvimento bem mais interessante. Dorothy e Jade, amigas de Hannah, seguraram as pontas quando a própria protagonista não conseguiu. Obviamente temos um romance aqui, e confesso que shippei muito no início! Mas com essa pressa da autora, os dois personagens de repente mostraram uma paixão que não tinha como ter se desenvolvido, já que eles mal se conheciam, e teve um plot twist estranhíssimo sobre a identidade do par dela.
Em resumo, Doce Perdão é uma história que tinha tudo para dar certo, mas que não foi bem desenvolvida. A romantização de um crime, a forçação do perdão, o papel de vilã atribuido à protagonista e os capítulos corridos, tornaram a leitura como um todo uma experiência decepcionante para mim. O que garantiu as duas estrelinhas atribuídas à essa leitura, foram os trechos maravilhosos que consegui extrair dela.
"Alguns amigos são como nossos moletons favoritos. Na maior parte dos dias, optamos por blusas e camisetas. Mas o moletom está sempre ali, no fundo de nosso armário, confortável, conhecido e pronto para nos manter aquecidos nos dias de ventania."
2 Comentários
Amei a resenha. Eu sempre via esse livro e ficava com vontade de ler, que pena que o final é corrido e tem essa romantização desnecessária, acho que é bem comum da época.
ResponderExcluirBeijos
https://www.dearlytay.com.br/
Oi.
ResponderExcluirAmei a forma que escreveu sobre a história e fiquei feliz por ter co seguido extrair pontos positivos apesar de ter a sensação que a história poderia ser melhor desenvolvida.
Também fico chateada quando a romantizacao de um crime ou algo parecido é muito focado na história.
Amei ler sobre o livro
Beijos.
http://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
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