Resenha: A Rosa Branca - Amy Ewing

Título do livro: A Rosa Branca

Autor(a): Amy Ewing

Editora: Leya Brasil

Número de páginas: 298

Está disponível no Kindle Unlimited? Sim! 

Sinopse: A continuação de "A cidade solitária" promete ser ainda mais emocionante. No livro A Joia, primeiro volume da série A Cidade Solitária , Violet Lasting é comprada por uma das mulheres mais poderosas da realeza, a Duquesa do Lago, e vai viver com ela na Joia, o círculo onde mora toda a nobreza. Agora, Violet tem de fugir da Joia, do círculo nobre da Cidade Solitária para salvar a própria vida e a do seu amor, Ash. Junto com seu amado e Raven, sua melhor amiga, Violet tenta se libertar da terrível vida de servidão e crueldade. Só que ninguém disse que deixar a Joia seria fácil, e ela terá que passar por grandes obstáculos. No meio disso tudo, a jovem ainda descobre que há uma revolução sendo planejada contra a realeza e que seu papel nisso é fundamental. É hora de Violet descobrir que é muito mais poderosa do que sempre imaginou!

Essa resenha contém spoilers do primeiro livro, A Joia!

Resenha: A Rosa Branca é a sequência de A Joia (leia a resenha na íntegra aqui). Por meio dele, o leitor conheceu a Cidade Solitária, as substitutas e a pirâmide social cruel que engloba tudo isso.

 

 A leitura começa exatamente onde o livro anterior terminou (pontos positivos por isso!). Violet Lasting acabou de ser flagrada com Ash pela Duquesa do Lago, e teme o que a tirana pode fazer contra ela ou contra seus amigos. 

"Mas não somos objetos. Não somos a última moda, nem o prêmio mais caro. Somos gente."

 Depois do banho de sangue (sério, Amy? Precisava ter matado AQUELA personagem?), Violet acaba encontrando um meio de fugir e conta com a ajuda de uma sociedade que está cansada dos cidadãos da Joia. Juntos, eles vão lutar para que o próximo Leilão não ocorra, e para que as substitutas possam enfim, serem donas dos próprios destinos.

  

 Assim como em A Joia, essa leitura foi extremamente surpreendente e repleta de reviravoltas. Mas algumas vezes se tornou cansativa, como na parte da fuga de Violet. Parecia que aquilo não ia ter fim, e agora que vi o número de páginas que o livro tem, eu realmente percebo o quanto a autora enrolou. Até troquei de livro durante esses momentos, porque estava ficando chato.

"Mas não é o exterior desses círculos que importa. Todos têm corações escondidos."

 

 Em compensação, o leitor acompanha a protagonista em uma descoberta sobre suas origens. De onde vem a força do seu poder, quem eram as substitutas originais e qual a sua ligação com a ilha. Alguns personagens conseguiram se destacar mais (Lucien é um dos meus favoritos!), mas não consigo gostar de Ash de jeito nenhum! Ele só reclama o tempo todo, dizendo que quer ajudar e só complica mais as coisas.

 Além disso, não posso deixar de destacar o fato de que A Rosa Branca usa uma receita conhecida, presente em muitos outros livros de fantasia e distopia. Para quem já conhece o gênero de cor e salteado, acaba não se surpreendendo tanto com o rumo da narrativa.

"Por que eles construíram tantos muros para separar os círculos? Para nos manter separados e se protegerem do próprio povo. Eles têm medo, todos os tiranos têm, de que um dia os súditos se reúnam e se levantem contra eles. Suas muralhas são grossas, impenetráveis. Mas e se houver alguém com poder para rachá-las, abrir espaço para passar um exército diferente?"

 Apesar das ressalvas, foi uma leitura satisfatória que cumpriu seu papel como uma sequência. Pela qualidade do primeiro livro, confesso que esperava um pouquinho mais! Mas não é, de fato, ruim. Só nos resta agora descobrir, qual vai ser o grande desfecho dessa aventura.